Hoje a chuva bate à minha janela anunciando saudades. Numa tentativa meio reles de me tentar esquecer de tudo o que já passei e de tudo o que me faz falta, dei por mim a recordar em vez de "apagar". Queria fazer delete de todos os momentos felizes que já tive para não ter de passar por eles todos os dias no meu coração, imaginá-los como tempos antigos, como momentos que nunca mais hão-de voltar... Como eram bons os velhos tempos.
Agora passo os dias sentada neste sofá agarrada a livros e folhas de apontamentos, janto aqui ou acolá, almoço aqui ou acolá e os meus bons dias são feitos de bons momentos minúsculos, de uma quantidade não muito exagerada de piadas e de risos. O auge do meu dia é quando a solidão se vai embora, quando eu me sento à mesa com os meninos e eles me animam, eles tratam de mim e quando, depois de um jantar de 30 minutos, vamos para o sofá fumar um cigarro e andar à luta. Esse é o auge do meu dia.
As preocupações ocuparam o lugar do tempo e as minhas distrações devem-se a recordações.
Páro muitas vezes, e dou por mim a tentar encontrar um sentido para isto. Páro muitas vezes e dou por mim a tentar encontrar um sentido para tudo!
As minhas tentativas falhadas, pelo menos até agora, de me conseguir elevar a outro patamar, gastam grande parte da minha energia (e eu que sempre pensei que tinha uma fonte inesgotável de energia). Sinto-me cansada e, quando chego a casa, à minha casa abaixo do Douro, só tenho vontade de ir encontrar quem, em tempos tão doces, me fez muito feliz. Mas muitas vezes, o que encontro, são tempos preciosos, segundos preciosos, gastos em discussões sem nexo. Não consigo descansar.
Sinto um tilintar permanente que me tenta mostrar outro caminho, outras soluções. Mas eu não quero desistir. Não sou de desistir. Só queria ter uns tempos de descanso, em que não tivesse de ser eu a puxar, em que não tivesse de ser eu a tentar mudar o mundo.
Gostava tanto de não me sentir sozinha mesmo quando estou acompanhada... Seja aqui, seja ai.
terça-feira, 12 de janeiro de 2010
segunda-feira, 7 de dezembro de 2009
BAD ROMANCE
Amo-te.
Amo-te, como te amei da primeira vez que os meus olhos se cruzaram com os teus.
Sinto a tua falta.
Amo-te, como te amei da primeira vez que os meus olhos se cruzaram com os teus.
Sinto a tua falta.
quarta-feira, 2 de dezembro de 2009
Ready, Set, GO
Hoje pedi um desejo a uma pestana. Pedi para ser uma rapariga forte. Uma mulher forte. Como? No meio de um choro quase incontrolável, soluços e lenços de papel ranhosos, olhei para as minhas unhas (desde que as consegui pôr bonitas que não faço outra coisa…) e vi lá a pestana caída. Não tinha que fazer, o estudo já estava mais interrompido e decidi tentar. Claro que o desejo só “funciona” (e digo-o entre aspas porque eu nunca fui de acreditar nessas tretas de desejos e estrelas cadentes…) se for feito por uma pessoa que não a que vai pedir o desejo… mas mesmo assim tentei. Peguei na pestana, com os olhos encharcados em lágrimas e apertei-a com muita força enquanto sussurrava baixinho: “Quero ser uma mulher forte.”. Disse-o duas vezes, talvez com receio que a pestana não tivesse entendido à primeira (aquelas falhas de comunicação entre pessoas e coisas inanimadas). O engraçado? Foi que eu parei mesmo de chorar… Não me tornei numa mulher forte, como é óbvio, porque isto passou-se de manhã, e são 20.55h e eu já voltei a chorar, mas foi quase como um feixe de esperança, um tracinho de um espectro luminoso numa imensidão de céu negro…
Parei de chorar, peguei no telemóvel e resolvi o que tinha para resolver… Sem medos, sem receios e com uma pestana a menos. Mas ao menos fui uma mulher forte durante uns tempinhos.
Tenho muito que mudar (ainda). Começo aqui. A minha transformação em qualquer coisa de fenomenal, um arranque para a parte II ou III, dependendo da perspectiva. Uma nova etapa com novos desafios, obstáculos e, espero, com novas receitas de doces para adocicar a vida!
Parei de chorar, peguei no telemóvel e resolvi o que tinha para resolver… Sem medos, sem receios e com uma pestana a menos. Mas ao menos fui uma mulher forte durante uns tempinhos.
Tenho muito que mudar (ainda). Começo aqui. A minha transformação em qualquer coisa de fenomenal, um arranque para a parte II ou III, dependendo da perspectiva. Uma nova etapa com novos desafios, obstáculos e, espero, com novas receitas de doces para adocicar a vida!
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